sábado, 21 de novembro de 2009

Humanidade

O que faz de heróis heróis? Tanta gente já respondeu essa pergunta, tantos já mostraram o valor existente por trás das mascaras que não pensam duas vezes antes de arriscar suas vidas por todo o mundo. Isso todo mundo já sabe.
O meu questionamento hoje é outro: o que impede que heróis se tornem vilões? O que diferenciam personagens como Kal-El e J’onn J’onzz de outros como Mogul e Darkside? O que faz com que heróis formem super-equipes? É claro que o que leva heróis a se juntarem pode ser a necessidade de lutar contra uma ameaça grande demais para eles separadamente, mas não é isso que os mantém unidos.
Esse elemento que estou trazendo á tona normalmente é esquecido frente aos feitos inacreditáveis, aos poderes e habilidades sobre-humanos e aos uniformes coloridos e/ou símbolos marcantes, mas tem estado cada vez mais em foco desde a década de sessenta. Antigamente, em meio aos caos da Guerra, as pessoas só queriam, ou melhor, precisavam que o bem e o mal fossem bem definidos, preto e branco. Mas com o fim do grande inimigo internacional, cada um de nós foi descobrindo um inimigo interno, fomos vendo que o mal não estava somente na distante Alemanha, mas também ao nosso lado e em nós. Os tons de cinza surgiam tão fortes que eram capazes de abalar até mesmo o eterno, ignorante e inexorável patriotismo dos Estados Unidos. Nesse contexto como nós continuaríamos a nos identificar com pessoas tão extraordinárias, perfeitas e infalíveis como os heróis?
Aí surgiu uma geração brilhante (e aqui eu quero destacar o nome do grande mestre Stan Lee) que veio para nos lembrar que para os heróis serem pessoas extraordinárias, antes eles tinham que ser pessoas: ter medos e esperanças, sonhos, aspirações, remorsos, arrependimentos, gostos, dias ruins, ira e sexualidade. O que nós liga aos heróis é o estranho misto entre humanidade e extraordinário, o nosso mundo e o mundo que só é possível na ficção. Pois como os heróis poderiam defender a humanidade se eles mesmos não a compreendessem, não fizessem parte dela. Todos destacam Batman e Justiceiro (dentre outros) como símbolos de humanidade só por não terem super-poderes, mas eles são os que mais tentam fugir da “humanidade”, dos sentimentos e “fraquezas” humanos (Frank Castle, diga-se passagem, não raramente é desumano).
Por outro lado tanto Flash, Lanterna Verde, Capitão America, Homem-Aranha, apesar dos poderes e dos uniformes, ainda são humanos em todos os níveis, muito mais até que nomes como Batman, pois eles não fogem da humanidade, não se escondem dela em uma caverna, mas tem o prazer de conviver com o resto dos seus iguais; pois é assim que eles vêm: como iguais. Eles não são perfeitos, não são infalíveis. Apesar de tudo, são apenas humanos com boas escolhas.
E esse o grande questionamento: se o que faz dos heróis heróis é apenas humanidade e as escolhas certas, o porque nós não podemos ser heróis? Ou melhor: quem disse que não o somos?

sábado, 3 de outubro de 2009

Lanternas

Gerações Esmeraldas, Gerações de Luz

Já é uma tecla batida varias e varias vezes e por pessoas de longe melhores que eu (vide Gerações Esmeralda), mas que merece sempre ser lembrada porque é algo que, acredito eu, é uma reflexão importante para nossa geração. Não é mistério para ninguém que eu sou um grande fã do Lanterna Verde e que, quase sempre Lanterna Verde para mim é sinônimo de Hal Jordan (que é o Lanterna que eu sou fã), mas um fato que é menos conhecido é que já houve três gerações de Lanternas Verdes da terra e Hal Jordan é apenas a segunda.
Antes de continuarmos quero deixar bem claro um fato: Sim, eu descarto a existência de John Stewart e Guy Gardner, eles para mim não são nada, totalmente dispensáveis na cronologia dos Lanternas e NUNCA foram ou serão Lanternas Verdes da Terra. Kilowog (assim como Mogo, Arisia, Bzzd, Tomar-Re e tantos outros) é muito mais Lanterna em uma unha do que esses dois jamais serão um dia. Dito isso continuemos.
O Lanterna Verde original, o da Era de Ouro, é o empreendedor Allan Scott. Allan nunca fez parte da Tropa, seus poderes são mágicos e foram concedidos por uma lanterna mágica que o salvou de um acidente de trem e lhe escolheu para ser o portador da energia esmeralda. Allan podia não ter problemas extraterrestres ou um setor espacial para cuidar, mas ele teve que enfrentar a lendária grande guerra, a Segunda Guerra Mundial e mesmo com todo seu poder o Lanterna Verde não podia interferir em nada na Europa graças as precauções místicas tomadas por Hitler e os nazistas. Mas, mesmo não tendo a Tropa, o Lanterna não se encontrava sozinho nesses tempos negros: ao seu lado lutaram vários dos grandes heróis da época na chamada Sociedade da Justiça, a primeira super-equipe do mundo, o qual Allan foi o líder em várias encarnações da equipe. Conhecido sempre como o estadista, Allan Scott é amplamente reconhecido pela sua capacidade de liderança, sua sabedoria, seu discernimento. Em um mundo onde “forças do bem e do mal, da luz e das trevas se digladiavam diariamente em uma luta pelo destino do mundo” (citando as frases típicas da época) e mesmo os super-poderosos não podiam interferir, Allan Scott foi com excelência o que seu codinome sugeria: ele foi uma lanterna para iluminar o que era o certo a fazer, ele foi um exemplo, um herói, um super-homem antes do Super-Homem (como se diz atualmente na cronologia, agora que o Super foi apagado da Era de Ouro). A Lanterna não escolheu Allan Scott aleatoriamente: ele foi escolhido porque era um foco de luz em meio às trevas em que o mundo havia mergulhado, porque ele era um herói nato.
Já o segundo Lanterna (que ficou consagrado como o Lanterna Verde por excelência), o da Era de Prata, é o piloto de testes Hal Jordan. Hal Jordan foi escolhido por um alien para representar a lei em todo um setor do universo por ser a pessoa mais corajosa na terra e além. Hal foi escolhido para cuidar de todo um setor espacial, mas só a Terra já seria problema o suficiente: novamente o mundo se encontrava bi polarizado, dividido entre o capitalismo norte-americano e o socialismo russo na Guerra Fria. Com o mundo à beira de uma Guerra que podia destruir toda a humanidade, Hal Jordan e sua insígnia universal tinham a dura missão de manter a paz, mas apesar de todo o fardo com que tinha que lidar, tanto na Terra como além, Hal não estava sozinho: na Terra ele tinha a Liga da Justiça (da qual ele é membro fundador), a maior e mais importante das super-equipes e no espaço ele podia contar com a ajuda da Tropa dos Lanternas Verdes, a policia espacial composta de 3600 membros de planetas e setores diferentes (sendo Hal Jordan um deles). Ao contrario do sábio, estrategista e estadista Allan Scott, Hal Jordan era um homem de emoções: lendário por sua coragem e força de vontade inexpugnáveis, sempre pronto a ação, justo, fervoroso, questionador, apaixonado... Hal Jordan era o herói que pulava de cabeça. O anel de Abin Sur, em nome dos Guardiões, escolheu Hal Jordan porque ele tinha a capacidade de superar grandes medos e de ser uma luz na gélida escuridão da Guerra Fria, porque ele era um herói nato.
Então nós chegamos à terceira geração de Lanternas Verdes da terra: Kyle Rayner. Kyle, um desenhista na eterna pindaíba (como a maioria dos artistas), não foi escolhido por sua sabedoria ou sua capacidade de superar grandes medos, muito pelo contrario: Kyle foi escolhido totalmente por acaso. O ultimo guardião com o ultimo anel dos Lanternas se teleportou para Terra e acabou caindo em um beco escuro, ao ver Kyle o entregou o anel com a não muito inspiradora frase: “Você terá que servir.” Kyle recebeu a arma mais poderosa do universo e um dos mais importantes mantos do mundo heróico de repente e não havia ninguém para ajudá-lo, ele mal conhecia os Lanternas anteriores, não havia mais Tropa, não havia super-equipe que o conhecesse... Ele estava sozinho. E sozinho ele teve que se virar, aprender a usar seus poderes e a ser um herói. E não foi um caminho fácil: um dos seus primeiros atos foi ter que lutar contra um dos grandes inimigos do Superman e o primeiro herói que conheceu foi logo o maior heróis da Terra, o Super em pessoa; logo no início de sua carreira sua namorada foi morta por um super-vilão a serviço do governo e deixada na sua geladeira; ele descobriu (logo após a morte de sua namorada) que ele era o ultimo portador de um legado universal, que o mundo estava em crise precisando dele e o causador do problema era o ultimo a sustentar seu manto antes dele, um anteriormente o maior dentre 3600 Lanternas e agora ensandecido Hal Jordan.
A vida de Kyle como Lanterna sempre foi assim, mas havia algo que piorava ainda mais a situação. Allan Scott e sua geração tinham que se preocupar com os nazistas, Hal Jordan e sua geração tinham que se preocupar com os comunistas, mas e Kyle Rayner? E nossa geração? Nós não temos um bicho-papão mundial para vigiar, o bem e o mal não são divididos por fronteiras, o mundo não é mais tão maniqueísta. Sem um mal externo nós acabamos por reparar no mal que há dentro de nós: nossas fraquezas, medos, incertezas... Antes os Lanternas tinham que ter fraquezas exteriores (como madeira ou amarelo) para poderem ser derrotados, mas Kyle já tinha que vencer a seus próprios demônios internos antes de superar cada desafio. E mesmo assim ele se tornou um herói.
Por isso eu acho que Kyle pode até não ser o maior Lanterna Verde, mas é o mais representativo: ele é a prova que heróis não nascem são construídos (isso é do Homem de Ferro, eu sei), pois ele mais do que qualquer outro mostrou o que é ser um Lanterna Verde: ele mostrou a força de vontade necessária mesmo quando tudo dá errado, ele mostrou o poder de superar grande medos e adversidades. Kyle Rayner tem a capacidade de ser uma Lanterna em meio à mais cinzenta das eras, em um momento em que o bem não é especifico ele tem que fazê-lo brilhar mais que nunca. Kyle é uma inspiração em uma época conturbada: fracassado, inseguro, incerto, sofrido, ele é tudo menos um herói nato, mas mesmo assim um dos maiores heróis da historia!
Para encerrar eu quero deixar (até mesmo de inspiração) um dialogo da revista Lanterna Verde Renascimento: Hal Jordan acabou de voltar e, junto a Kyle Rayner, escorraçar Sinestro; quando ele decide ir para Terra deter Parallax, Kyle o para e diz: “Espera. Você deve saber que eu não sou como os outros Lanternas, Jordan. Eu não... Eu não sou um sujeito capaz de sobrepujar grandes medos ou coisa do gênero.” Hal sorri e responde: “Lutando de um extremo do universo ao outro. Arriscando a vida pra ajudar alguém que todo mundo descartou. Enfrentando Sinestro no braço e sobrevivendo pra contar a historia. O que você acha que andou fazendo, Kyle? Se escondendo debaixo de sua prancheta?”

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

“O Poder de Superar Grandes Medos”

“O Poder de Superar Grandes Medos”

Há algum tempo atrás meu herói favorito, Hal Jordan, o Lanterna Verde foi destruído. Não ele não morreu e voltou como todos os outros (bem, ele fez isso, mas não é disso que estou falando), os roteiristas da época decidiram transformar Jordan em um vilão. Na época, e até sua reconversão para o lado dos heróis, eu fiquei revoltado: como podiam transformar um dos maiores e melhores heróis do mundo em um vilão? Como podiam transformar um símbolo como Hal Jordan em ícone do lado mal? Como poderiam transformar O Lanterna Verde em vetor do medo? Na época eu realmente fiquei revoltado, mas hoje (depois de o caso todo resolvido) eu vejo que Hal Jordan precisava do Parallax, e vou explicar por que.
De que um Lanterna Verde é feito? Porque eles são escolhidos? O que significa aquele símbolo no peito deles? Essa resposta todos sabem: Lanternas Verdes são escolhidos pela força de vontade e coragem. Mas o que é coragem?
A maioria das pessoas acredita, erroneamente, que coragem seja nada mais do que a capacidade de não sentir medo. Esse conceito esta muito longe da realidade, pois a ausência de medo pode ser classificada de varias formas (temeridade, tendências suicidas, idiotice...), porém nenhuma delas é coragem. O medo é uma reação natural frente ao perigo, assim como a dor é o aviso de seu corpo que há algo errado.
Não: coragem não é ausência de medo. É algo muito maior, muito mais complexo, algo que exige muito mais esforço e força de vontade e, exatamente por isso, muito mais admirável.
Coragem é o poder de superar grandes medos. É você ter o medo, o sentido de que algo está errado, de que você esta em perigo, e mesmo assim domá-lo, superá-lo, ter a capacidade de agir com clareza. E para isso, para se libertar de um dos jugos que mais atormenta o ser humano, é preciso uma força de vontade imensa, quase incomensurável.
E é disso que são feitos os Lanternas Verdes, mas especificamente O Lanterna Verde Hal Jordan: Força de Vontade para Superar Grandes Medos. Jordan viu seu maior medo se concretizar em sua frente: seu pai e maior herói morreu em um acidente de avião enquanto Hal, ainda criança, estava o vendo pilotar. Ele viu o maior medo de sua vida virar realidade de repente em um turbilhão incandescente de aço retorcido, e superou. Ao invés de tomar trauma de aviões ou coisa do gênero (como era de se esperar), Hal Jordan se tornou piloto das forças aéreas. Como já tinha superado o maior de seus medos, superar os outros era relativamente fácil.
E quando pareceu que não havia nada mais na Terra para amedrontar Hal Jordan, uma nave caiu do céu, tal qual a do seu pai cairá um dia, para novamente mudar sua vida. Abin Sur transmitiu o legado de Lanterna Verde para Hal Jordan. Então lá estava nosso herói novamente enfrentando um dos maiores temores da humanidade: o desconhecido. Hal Jordan, o agora Lanterna Verde do setor especial 2814, conheceu os confins mais obscuros do universo e suas mais diversas raças, enfrentou os mais inimagináveis perigos.
Pode-se até alegar que ele não temeu, mas estaríamos mentindo, pois ele temeu (e isso é mostrado no quadrinho), como qualquer pessoa no mundo ele temeu. Mas o que o diferencia das demais pessoas, o que sempre o qualificou como maior dos Lanterna Verdes foi o seu auto controle, a sua força de vontade para superar esses medos. Lanterna Verde enfrentou, e venceu, antes de cada desafio, o medo que ele poderia sentir dele, com o medo vencido, o desafio em si era simples.
Porém chegou ao ponto onde nada mais era capaz de colocar temor em Jordan e foi nesse exato momento que surge Parallax.
Parallax é o medo encarnado e chegou à conclusão, um tanto quanto lógica, que se a maior das forças de vontades tombasse perante seu poder, ninguém o poderia deter. Porem não era tão simples derrubar uma vontade como a de Hal Jordan, para essa missão impossível Parallax foi paciente: ele se instalou aos poucos em Jordan e esperou o momento certo. E ele veio. Durante o arco “O Retorno do Superman”, Coast City, a cidade do Lanterna, é destruída e então Parallax viu o momento perfeito para que o medo tomasse conta dele: ele havia falhado! Mesmo sendo o protetor e a lei de todo um setor do universo, mesmo tendo a arma mais poderosa do mundo no dedo, mesmo sendo o melhor dos Lanternas Verdes, ele não foi o suficiente, deixou que a sua cidade natal, que todos que ele mais amava, morressem. Ele falhou pifiamente na hora em que foi mais necessário. E quando ele tentou usar seu poder para reconstruir o que perdeu, seus superiores lhe repreenderam.
Essa deixa foi mais que necessário para o medo dominar o Lanterna Verde. Parallax foi esperto o suficiente para se manter incógnito, para não passar da voz interior que incentivava e sugestionava as ações, para deixar Jordan achar que estava no controle. Pode-se até se questionar se Hal Jordan virou realmente um vilão (vide Zero Hora e A Noite Mais Densa, dentre outros), mas esse não é o assunto aqui. Quero pular a fase Parallax direto para volta triunfal de meu herói.
Pelas mãos do brilhante Geoff Johns, Hal Jordan voltou a ser o Lanterna Verde. Para tanto Johns fez que Parallax cometesse o único erro que Jordan necessitava: Parallax se tornou soberbo a ponto de deixar Jordan saber quem ele era, que era ele quem havia controlado o ex-Lanterna todo aquele tempo, que era o medo encarnado... Nesse exato momento a batalha de Parallax foi perdida.
Por mais tempo que Hal Jordan estivesse sob o jugo de Parallax uma coisa não podia ser mudada: ele é o maior dos Lanternas Verdes, ele é a vontade inexpugnável, ele tem o poder de superar grandes medos. Hal Jordan, O Lanterna Verde do setor 2814, provou ser o maior de todos Lanternas ao sobrepujar pessoalmente a encarnação do medo. Assim como o fato de não temer nada foi a derrocada do Lanterna, a sua volta foi lembrar a todos o que é ter coragem, o que ser um Lanterna Verde: TER A CAPACIDADE DE SUPERAR GRANDES MEDOS!
Por isso que eu digo que Jordan precisava de Parallax para trazê-lo de volta: somente o maior dos medos poderia forçar a volta do maior dos Lanternas, o único capaz poderia sobrepujá-lo. Antes de finaliza eu quero citar uma frase de Oliver Queen, o Arqueiro Verde, em uma das aventuras da Liga: a Liga da Justiça estava lutando contra uma versão extremamente poderosa (poderosa o suficiente para por medo no Superman) de um meta-humano capaz de dominar corpos, chamado Jericó; Ele que tinha dominado o Lanterna Verde e estava vencendo facilmente o resto da Liga, quando de repente o corpo do Lanterna para bruscamente e Jericó começa a ser expulso por Hal Jordan, que sobrepuja o poder de Jericó somente com sua força de vontade. Ao ver a cena a Moça-Gavião pergunta: “What the hell is happening?” (O que raios está acontecendo?) e o Arqueiro responde, com um certo orgulho: “Watch and learn, girl. That’s up there is Hal Jordan!” (Observe e aprenda, garota. Aquele lá em cima é Hal Jordan!).

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"Shazam!”

“Olhem Lá No Céu...!”

Um dia desses peguei-me perguntando a mim mesmo porque caras do mal, mais especificamente o Batman, faz tanto sucesso. Como ele é o cara que mais vende HQ’s? Tentei dizer mim mesmo que era por identificação: ele é um cara sem poderes, um humano normal e ainda sim uma dos maiores heróis do mundo. Eu ainda quero acreditar nessa teoria, mas a falta de fãs do Arqueiro Verde me faz recuar um pouco nessa perspectiva.
No fundo eu acho, principalmente pelo fato de o maior vendedor da Marvel ser o Wolverine, que tipos como ele, o Batman, até mesmo o Lobo, vendem muito porque o mundo está se tornando um lugar cada vez mais negro e sombrio. Metrópoles sempre foi considerada a cidade do amanhã, mas estamos cada vez mais caminhando para nós tornarmos uma imensa Gotham. E as pessoas parecem gostar disso! O maior exemplo é que o Coringa é um dos maiores ídolos pop’s da atualidade!
A verdade é que eu sempre achei, sempre nutri esperanças (e no fundo ainda nutro) que pelo menos nós NERD’s fossemos diferentes. Não sei... Achei que justamente as HQ's fossem manter aquele tom de “além-realidade”, algo de mágico, algo (perdoem a alusão) de super! Achei que justamente nós NERD’s fossemos preferir o desligado e genial cientista, Reed Richards, ao vigilante assassino que resolveu fazer justiça com as próprias mãos, Frank Castle; preferir o brilhante e tímido doutor de física, Ray Palmer, ao sombrio jornalista\detetive com teorias da conspiração, Vic Sage; preferir nosso querido amigo da vizinhança, estagiário, CDF, universitário e fotografo freelancer que mora com a tia, Peter Parker, do que o canadense brutamontes, ex-militar, sem passado, que esbanja super-poderes sempre crescentes, fuma charuto, está sempre bebendo, dirige uma moto, resolve tudo na força bruta e se acha o melhor (dentre outros demais “atributos”), Logan; preferir o caipira que veio de uma pequena vila no interior, usa óculos, é tímido e desajeitado, trabalha de jornalista, era um dos melhores alunos (mesmo tendo potencial para ser um dos melhores atletas), todo certinho, Clark Kent, ao invés do playboy complexado, mega rico, atleta declarado, que se não esta agindo como um playboy idiota, esta sendo um dos mais sombrios, complexados e de sanidade questionável seres que se tem noticia, Bruce Wayne... Em suma, pensei que justamente nós fossemos preferir o Bruce Bane ao Hulk.
Não pretendo negar a importância (até mesmo vital) do lado sombrio e realista que nomes como Allan Moore e Frank Miller trazem para os quadrinhos, mesmo porque esse lado sombrio faz parte da vida, mas ainda sinto falta da magia que só é possível em locais como as HQ’s. Sinto falta da alegria, das cores vibrantes de heróis como o Lanterna Verde Hal Jordan, que baseava seu poder em força de vontade e imaginação, que foi escolhido para o cargo pelo seu poder de superar grandes medos, que rompia todas as fronteiras do espaço, mas que também estava sempre sem dinheiro, mudando de emprego, conquistando incontáveis mulheres porque não se acertava com seu grande amor e que tinha como herói o próprio pai; heróis como o Flash Barry Allen, um cientista que mesmo sendo super-poderoso fazia questão de correr no meio do povo, chamava a todos da sua cidade pelo nome, que era casado, que mesmo sendo o homem mais rápido do mundo estava sempre atrasado na vida pessoal e que baseou sua carreira de super-herói em um ídolo dos quadrinhos. Heróis que eram gente normal e felizes com isso. Heróis de cores vibrantes que transmitiam vida e alegria de viver. Esperança.
O maior exemplo disso era o meu herói e infância: Capitão Marvel. Uma criança que ao dizer palavra mágica virava o mortal mais poderoso da terra, mas no fundo era uma criança. Era um Superman humano, melhor ainda, uma criança que ganhava seus poderes por mágica. Cap. Marvel para mim sempre foi à janela para o mundo em que todos queriam viver: mais simples, mais feliz, mais mágico. Um mundo em que eu queria acreditar (tanto que, quando criança, mais de uma vez eu me pegava dizendo “Shazam” na esperança de ser atingindo pelo raio mágico). Billy Batson, o Cap. Marvel, representa isso: a justiça infalível na pureza e inocência de uma criança, o poder nas mãos de alguém realmente bom, o poder nas mãos daqueles que são o futuro. Capitão Marvel representava esperança.
Quero agradecer a nomes como Bruce Wayne, Olliver Queen, Danny Colt e Tony Stark por nós mostrarem e nos lembrarem sempre que temos que fazer algo, não importa o quão comum sejamos, que o destino está em nossas mãos, mas eu ainda sinto falta e quero ver o dia, (e sim: tenho esperança que ele vai chegar (e que venha nos quadrinhos antes, como uma profecia)) em que o que é certo, a justiça, não precisara se restringir as sombras, não terá que ser feita de modo marginal como algo ilegal e imoral, mas estará sobre nós brilhando em cores vividas, de modo que não seja possível esquecermo-nos dela. Um dia em que a verdade, a justiça será uma certeza inalienável, que será infalível, super-poderosa, mágica. Um dia em que nós possamos crer no mundo, até mesmo em mágica. Um dia em que a esperança reine como certeza de que no dia mais claro ou na noite mais densa nenhum mal escapara ante a nossa presença. Não importa se esse dia vier correndo super-veloz, voando com um anel verde, trajando uma capa e um “s”, se vier de vermelho com um raio como símbolo ou até com a cueca por cima da calça, o importante é que nesse dia nós poderemos voltar o olhar para cima com esperança. Nesse dia eu erguerei minha mão para apontar para o firmamento e dizer com a voz embebida de orgulho, alegria, certeza e, sobretudo, esperança para dizer: “Olhem lá no céu...!”

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Eu Já Sabia

Eu Já Sabia

Sejamos francos: por mais que os Estados Unidos da América tenham causado inúmeros problemas para sociedade e para humanidade ao longo dos últimos séculos, nem tudo que vem de lá é ruim, na verdade eles proporcionaram certas coisas que se tornaram vitais para o mundo. É algo que muitas pessoas tentam ignorar ou até negar, mas no fundo é impossível: é só pensar que o computador como nós o conhecemos é uma invenção norte-americana. Outra coisa que tenho que ressaltar antes de entrar no assunto principal é que podemos até dizer que os norte-americanos têm todos os defeitos do mundo (e vários deles os têm), mas temos que admitir seu patriotismo que beira (ou mesmo ultrapassa) o ufanismo (não que isso seja essencialmente uma qualidade).
E esse país que por décadas vem ditando os rumos do mundo, povoado por patriotas ufanistas, tem como símbolo maior duas figuras lendárias, míticas e mitológicas: Capitão América e Superman. Eles foram feitos para ser a encarnação do ideal norte-americano da época em que foram criados. Ambos super-fortes, inabaláveis, invencíveis, brancos de olhos azuis, convictos, intocados pela culpa em qualquer nível, leias... O Capitão ainda é mais obvio: seu uniforme é praticamente a bandeira do E.U.A., é loiro dos olhos azuis, é do exercito, isso sem falar no seu codinome Capitão América. Eu posso até ver a rotina dos dois quando não tem que salvar o mundo: logo pela manha canta o hino enquanto esperam seu bacon com ovos ficar pronto, almoçam McLanche Feliz com Coca-Cola, tendo por sobremesa uma torta, depois de ajudar os bombeiros a tirar um gatinho do alto de uma árvore e de noite comem pizza com Coca-Cola assistindo a final do campeonato de futebol americano.
À pouco tempo atrás mataram (de novo) o Capitão América. Um publicitário amigo meu, muito inteligente, mas que não entende muito de quadrinhos, disse na época:
_Ainda bem! Já estava passando da hora. Só espero que ele não volte.
Então eu disse para ele o que todos nós já sabíamos, mas até então ninguém tinha verbalizado:
_Ele vai voltar.
O pessoal achou que fosse só provocação minha porque eu sou um DCnauta e o Capitão é um dos astros da Marvel (é o Superman da Marvel). Mas eu costumo a me colocar acima dessas segregações desnecessárias, pois antes de tudo sou um fã de HQ.
Algum tempo depois saiu a noticia de que Steve Rogers voltaria, esse mesmo amigo publicitário me mostrou um artigo mostrando que os fãs estavam preferindo o Bucky Barnes, que assumiu o manto de Capitão America depois da morte de Steve Rogers. Depois de me citar essa parte em especifico do artigo ele me perguntou “por quê?”. Eu, sem querer discutir, não lhe dei a explicação devida (mesmo porque ele já a conhecia e não queria escutá-la).
Quando tomba um grande ícone dos quadrinhos a chance de que ele volte é sempre gigantesca, mas em casos como Capitão América e Superman o retorno se faz imperativo. Como já foi citado antes, esse dois representam a alma e os ideais dos E.U.A., além de o próprio povo norte-americano, então já de se espantar que tenham morrido, mais espantoso ainda que tenha sido de modo tão simples (o Superman morreu espancado e o Capitão América morreu com um tiro de uma pistola comum no peito).
Um pequeno parênteses: é irônico pensar que durante sete décadas tantos tenham tentado matar esses dois dos modos mais complexos e mirabolantes e aqueles que tenham conseguido o tenham feito do modo mais simples e óbvio possível. Pergunto-me se alguém, até mesmo Lex Luthor, tenha pensado antes em espancar Superman até a morte. Talvez esse seja algo a se pensar, como vencer os maiores desafios do modo mais obvio. Levando os dois heróis como símbolo dos E.U.A. talvez esse seja o jeito de derrotá-lo...
Somente a morte por si só, além do jeito simples, já foram feridas profundas demais para um povo tão orgulhoso e ufanista como os norte-americanos, mas se eles não voltassem triunfante (mesmo que fugindo a regra de que todo mundo que ressurge nos quadrinhos tem que estar com um novo uniforme e mais poderes) seria um crime de lesa pátria. Foi o próprio orgulho norte-americano que foi para o túmulo, foi a ele que os tributos foram prestados e as lágrimas derramadas. Mas todos já sabiam que ele não ia ficar morto por muito tempo, pois, afinal de contas, os roteiristas também são norte-americanos e também jamais deixariam seu orgulho falecer tão facilmente. No fundo acho que a morte de ambos os heróis foi só para poder trazê-los de volta mostrando o como e quanto os símbolos do E.U.A., e por conseqüência o próprio país, são poderosos a ponto de serem capazes de vencer até mesmo a morte.
Não sou fã dos norte-americanos e isso não é mistério para ninguém, mas oxalá nós tivéssemos um sentimento de pertença tão grande pelo nosso país, pela nossa grande e soberana nação, quanto eles tem pelo deles. Talvez se tivéssemos ícones de igual grandeza... Isso me lembra uma passagem do grande Bertold Brecht, quando alguém disse “Infeliz o povo que não tem heróis” e foi a ele respondido “Infeliz o povo que precisa de heróis.”. Sei que, definitivamente, os nortes-americanos são um povo que necessitam sempre e profundamente de heróis, mas pelo menos eles os têm, mas e nós: um povo tão surrado, tão cansado de se desiludir, que (na minha opinião) precisam sim, e urgente de exemplos, de heróis, e não os têm? Seriamos nós um povo menos infeliz?
Mas estou novamente devaneando e fugindo do assunto principal que é: de todo modo esse fatos supracitados, dentre outros, me permitem dizer aqui a mesma única coisa que respondi para meu amigo quando me perguntou “por quê?”: Eu já sabia!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Discurso Motivacional

Essa é só uma brincadeira que nós fizemos uma vez e eu achei que valia colocar aqui: É um discurso motivacional usando o nome de grandes (ou nem tanto) sagas das HQ's.

Então é isso senhores: após lutarmos em Infinitas* *Crises, *Desafios, *Guerras ou *Cruzadas, após lutarmos contra Hulk e Contra o Mundo, nos chegamos a essa Crise Final. Lutamos desde a Zero Hora e por 52 Semanas, mas agora estamos Contagem Regressiva para nossa vitoria que se aproxima.A Invasão Secreta que eles prepararam contra nós falhou e agora nenhuma Guerra* poderá nos separa nem *Civil, nem *Secreta, nem *Silenciosa ou *Dos Anéis. Após lutarmos em Mundos Em Guerra, Nas Infinitas Terras e no Planeta Hulk e sempre estaremos aqui para lutar Um Dia A Mais. Nós tomamos essa Iniciativa porque nós lutamos por Justiça e por isso nem toda Dinastia M e seu Herdeiro, nem todos os Vilões Unidos, ninguém poderá nos deter não importando a qual Massacre ou Aniquilação tenhamos que sobreviver. Nada agora impedirá nosso Dia de Vingança: nós alcançaremos o nosso Reino Do Amanhã! Unidos Titãs e Avante Vingadores!

ID, EGO e SUPEREGO ou Coringa, EGO e Superman

Vagando pelas minhas pífias observações sociais vi como nós, não só como indivíduos, mas também como coletivos diversos, costumamos a dar a alguém ou algo o posto de SUPEREGO, EGO ou ID. Consciente ou inconscientemente. Até mesmo criando uma figura de vazio quando se quer enganar a si mesmo dizendo que um dos três componentes simplesmente não faz parte de nossa personalidade. Posso estar falando bobeiras, não sou um dos “entendidos” no assunto, mas mesmo assim vou me arriscar a expor minhas teorias.
Para exemplifica poderia buscar exemplos extremamente úteis e ilustrativos em toda historia social e literatura, mas busco o melhor dos exemplos, o qual acredito que é comum, efetivo e atual para todos os viventes nas ultimas sete décadas: uso os quadrinhos.
Antes de continuar o texto sou obrigado a abrir aqui um parêntese para registrar meu protesto quando aqueles que vêem HQ, os famosos quadrinhos, não como uma literatura, mas como uma arte menor. Para mim a HQ é uma arte tão grandiosa quanto qualquer outra. Para mim é um ignóbil aquele que não percebe a importância literária de nomes como Garfield, Hagar, Calvin & Haroldo, Charlie Brown & Snoopy, Turma da Mônica, Piratas do Tietê, Overman, dentre tantos outros. Não irei aqui parar para enumerar os porquês, para mim, Watchmen e Crise de Identidade, por exemplo, estão no mesmo nível de Hamlet, Édipo Rei ou O Avarento, só peço emprestado, para resumir o assunto, as expressões de Nelson Rodrigues para dizer que os que não vêem os quadrinhos como arte não enxergam o obvio ululante e, exatamente por isso, são cretinos fundamentais. Deus abençoe Will Eisner, Gardner Fox, Stan Lee e todos os outros que contribuem para essa arte. Dito isso, voltemos ao assunto.
É extremamente fácil pintar imagens de EGO e ID, mas principalmente de SUPEREGO. Mesmo porque é impossível usar-se a palavra “super” sem pensar nele, sem que a imagem do “S” em vermelho e amarelo sobre o vasto peito do uniforme azul lhe salte a mente. Afinal esse é o nome dele: o Homem do Amanhã de Metropolis, o Ultimo Filho de Kripton, o Homem de Aço, mais forte que uma locomotiva, mais rápido que uma bala, podendo passar por sobre grandes edifícios com apenas um salto, o Super-Homem, o Superman.
O Super, como é popularmente conhecido e chamado, foi criado para personificar a moral (na pratica “Verdade, Justiça e Modo de Vida Americano”): O Super não mata, não mente, luta sempre de mãos limpas, não usa truques, não esconde o rosto (o fato de ninguem reconhece-lo quando ele tira os óculos e muda o penteado não está em questão aqui, mesmo porque não há explicação plausivel), sai sempre à luz do dia, sobrevoa a todos de modo a ficar bem visivel, está sempre disposto a fazer tudo em prol do proximo, mesmo que isso lhe custe à vida e até seu lendario uniforme com a “cueca por cima da calça” (que inspiraria o visual de inumeros outros heróis ao longo dos anos) não foi escolha dele, pois, na verdade, ele o usa porque foi sua mãe que o fez.
Se pensarmos bem tanto o SUPEREGO quanto o Super-Homem compartilham lugares similares no imaginario dos diferentes tipos de pessoas: para alguns tanto o moral quanto o arquetipo de héroi são ideiais a serem seguidos, inspirações; para outros são figuras ultrapassadas, ridiculas (quem leva a serio alguem que usa a cueca por cima da calça e tem por disfarce tirar os óculos); outros adimite que é muito belo, mas irreal, impossivel no mundo real.
A moral, o Super-Homem, o SUPEREGO (principalmente do ponto de vista coletivo) estão lá em cima olhando por nós, nos vigiando e impedindo de desrespeitar as leis sociais. Você pode até tentar ignorar-lo e fazer algo “errado”, mas lá no fundo, mesmo que não queira admitir, todos tem medo de ser descoberto, todos torcem para não ouvir a frase: “Olha lá no céu!...”
Passemos do dia mais claro para a noite mais densa.
Saindo da luz de Apolo no qual o Super retira seus poderes, caimos no mais intimo e profundo da escuridão, onde ninguem enxerga, para apresentar a personificação do ID: o mais aterrorizante e sombrio vilão do Cavaleiro das Trevas, o insano dos insanos, o pisicopata supremo, o Principe dos Loucos, o Palhaço do Crime, o Coringa. O Coringa manipula, representa, personifica e, até mesmo, estimula todo o lado mais obscuro do ser humano que nós, obdescendo a moral da sociedade, lutamos para reprimir.
Para analisarmos essa figura de modo a demonstrar o como ele personifica o ID, acho interressante partir de um ponto que pode parecer irrelevante: a palavra “super”, que, como já foi citado, remete automaticamente do Super-Homem, personificação do SUPEREGO. Esse é o ponto: o Coringa não tem nada de “super”. Em todos os sentidos. Não é somente a sua extrema dicotomia do Super-Homem, mas em um mundo povoado por Super-Herois e Super-Vilões, o Coringa nunca foi nenhum desses, ele sempre foi um vilão sem nenhum poder ou habilidade especial. Então como ele consegue dar trabalho a tantos super-herois (incluindo o proprio Super-Homem), ser o pior inimigo de um dos maiores super-herois da terra, ser um dos (se não O) mais temido seres do seu mundo? A resposta para essa pergunta é o que faz que o Coringa seja, para mim, a personificação do ID.
Mais do que ser o exemplo de psiciopata por excelencia ou pelo fato de ser totalmente imprevisivel, o que o torna o Coringa tudo o que ele é, é o fato dele ser completamente irrefreavel. Se o Super-Homem tem que ser escravo de uma absoluta e rigida disciplina para controlar seu poder descomunal, o Coringa simplesmente realiza todo impulso que lhe acomete. Se algo deixar-lhe zangado ele o explodira; se ele quiser algo ele o tomara para si; se ele decidir que é divertido matar alguem ele definitivamente mata sem seguer pestanejar. Isso se reflete até na aparencia do vilão, remetendo a comicidade e ridiculo, que normalmente seria reprimivel pela sociedade, mas o Palhaço do Crime não liga nem teme as conseguencias de seus atos. Ele só segue seus impulsos, só faz o que deseja.
Como disse antes, não me pretendo certo e, muito menos absoluto: não sou especialista no assunto e deixo isso a cabo dos “entendidos”. Queria apenas mostrar e exemplificar o como essa disputa interna de cada ser humano permanecia e se reflete em todos os mais divertidos campos. Apenas para concluir queria mostrar como essas figuras de SUPEREGO e ID são compativeis a realidade: tanto Metropolis, a cidade do amanhã, protegida pelo Homem de Aço, quanto a sombria Gotham, cidade atemorizada pelo Palhaço do Crime, foram baseadas em Nova York.
SUPEREGO, ID e EGO.